A semana milanesa de O italiano Glass Weeks. E Milão cedeu o palco à outra co-protagonista do evento: Veneza, não sem uma passagem de bastão evocativa, mas simbólica, que confirmou aunidade de propósito e l 'sinergia eclética entre o mundo do vidro da capital lombarda e o da capital veneziana.
A verdadeira entrega decorreu num dos locais de referência para a semana veneziana (prevista de 17 a 25 de setembro): Palácio Loredan, mais precisamente na Sala delle Adunanze. O Palazzo é de fato o Centro de Veneza do The Italian Glass Weeks, onde são expostas obras de artistas italianos e estrangeiros, com mais de 35 anos, criteriosamente selecionadas por um comitê científico de especialistas, profissionais e conhecedores do mundo do vidro e sua fabricação.
A turnê continuou no segundo hub do The Italian Glass Weekconhece Veneza: Palácio Giustinian Lolin, para uma exposição que propõe os projetos de 20 jovens artistas e designers com menos de 35 anos, italianos e internacionais, que terão a oportunidade de serem candidatos ao Prêmio de Residência Autônoma.
O passeio foi reforçado por uma parada na exposição "Venini: Luz 1921-1985"em "Os quartos de vidro", na ilha de San Giorgio Maggiore, onde é contada a atividade do famoso forno no campo da iluminação, mostrando alguns dos exemplos mais representativos. Para a ocasião, foram apresentadas duas maravilhosas instalações: a famosa "Velário" construído em 1951 para o telhado do Palazzo Grassi e um homenagem a Carlo Scarpa, com a reconstrução do candelabro monumental com poliedros policromados.
A tarde continuou no Museu do Vidro Murano para a exposição “Tony Cragg. Dióxido de Silício", com curadoria do Berengo Studio, em colaboração com a Venice Civic Museums Foundation. A exposição reproduz as etapas mais significativas da carreira do artista inglês, com seis assemblages, obras históricas de grande porte onde Cragg justapõe objetos e os acumula em pequenos grupos. A pintura oferecida pela seleção de esculturas em exposição reproduz fielmente a visão artística de Cragg e sua capacidade única de se comunicar através do vidro, valorizando suas geometrias intrínsecas.
A noite terminou com um sugestivo jantar na Lagoa de Veneza.
Antes de retornar a Milão na segunda-feira, 19 de setembro, o grupo foi acompanhado ao Forno Orsoni, o único que resta em Veneza onde as pessoas ainda trabalham com fogo vivo. A visita foi uma oportunidade para conhecer a antiga e maravilhosa arte do mosaico na cidade lagunar e a composição das várias fases do processamento de materiais como o ouro e os esmaltes, antes de chegar à realização dos mosaicos.